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sexta-feira, 29 de julho de 2011

YOGA - ANTIGA E ATUAL.




YOGA
Antiga & Atual

Yoga é uma antiga filosofia de vida que se originou na Índia há mais de 5000 anos. Não obstante, ele figura ainda hoje em todo o mundo como o mais antigo e holístico sistema para colocar em forma o corpo e a mente. Literalmente, Yoga significa união pois ele une e integra o corpo, a mente e nossas emoções para que sejamos capazes de agir de acordo com nossos pensamentos e com o que sentimos. O Yoga nos induz a um profundo relaxamento, tranqüilidade mental, concentração, clareza de pensamento e percepção interior juntamente com o fortalecimento do corpo físico e o desenvolvimento da flexibilidade.


As Técnicas do Yoga
Existem várias modalidades de Yoga, cada uma enfocando um aspecto mais do que outro. As técnicas mais utilizadas são:
Ásanas: os exercícios físicos que fortalecem o corpo, aumentam sua agilidade e previnem contra várias doenças, principalmente as psicossomáticas.
Diferente de outros métodos, os exercícios são feitos respeitando o alinhamento das cadeias musculares e com total consciência do corpo.
Assim, não há risco de distensões ou lesões. Além disso, os ásanas desbloqueiam áreas tensas que impedem o fluxo da energia vital.
Em última análise, as doenças surgem quando esse fluxo não é adequado.
São reconhecidos 84.000 asanas, sendo 84 mais importantes, 32 fundamentais e 7 elementais.
A maioria dos asanas estão associados a animais, aspectos da natureza e símbolos.
O Gheranda Samhita emprega 32 asanas e 25 mudras incluindo fechamentos ou compressões chamadas bandhas.
O conceito de asana do Hatha Yoga é diferente do conceito fornecido pelos Yoga Sutras - Texto sobre Raja-Yoga ou Yoga meditativo.
No Hatha Yoga o Asana deve ser aplicado com determinado objetivo de forma a não causar lesão, respeitando os limites do praticante.
De uma forma geral o Hatha Yoga se mostrou para nós ocidentais como um Yoga terapêutico que visa manter a saúde do praticante ou recuperá-la.
Desta forma, todas as posturas são expostas com seu efeito no físico, que é devido em primeiro lugar aos massageamentos dos orgãos internos e efeito circulatório.
Através desses massageamentos e ativação circulatória todo o corpo é afetado positivamente, equilibrando e melhorando a função de todos os sistemas (respiratório, circulatório, nervoso, muscular, articular, endócrino, exócrino, de reprodução, digestivo, de excreção e urinário).


Efeito muscular, ósseo e articular:
Os asanas do Hatha Yoga são utilizados como terapêutica para várias doenças e para a correção postural.
Asma
Depressão
Angústia
Ansiedade
Prisão de ventre
Problemas digestivos
Correção Postural:


A correção postural é essencial para saúde em geral, para a correta energização dos chakras e a Kundaliní.
Desvios:
Lordose
Cifose
Escoliose
O tamanho das pernas e a posição da bacia influenciam toda a postura. Portanto, a correção postural começa com a correção da bacia.
Após é necessário um correto balanceamento muscular (músculos antagonistas com a mesma força e tônus).
Os asanas atuam na musculatura com um efeito de tudo ou nada, isto é, com a permanência na posição - o estímulo nervoso é suficiente para contrair ou alongar todas as fibras musculares.
As contrações são Isométricas, isto é, todas as fibras musculares mantêm a mesma medida.
Esse tipo de contração estimula todas as fibras nervosas e consequentemente todas as fibras musculares se contraem, dessa forma todos os capilares se abrem para receber uma grande quantidade de sangue, o que estimula a circulação sangüínea na totalidade.
Na contração os orgãos tendinosos de Golgi são estimulados produzindo relaxamento posterior. A contração isométrica desenvolve resistência muscular (superior à força desenvolvida pelos exercícios, com tensão e relaxamento) e tônus (semelhante aos alterofilistas).
O alongamento é bastante enfatizado, aliás o alongamento nasceu do Hatha Yoga.
No alongamento o músculo é estirado até o comprimento máximo e mantido por um determinado tempo, é este tempo juntamente com a concentração e o relaxamento induzido pela mente que propicia o alongamento máximo e o relaxamento muscular posterior, pois o músculo alongado permanece relaxado por mais tempo. No alongamento o sangue é jogado para fora do músculo (neste o músculo não necessita de nutrientes).
A alternância de tensão e alongamento propicia um relaxamento completo, circulação renovada e elasticidade muscular, ou seja, o estado saudável da musculatura.
As articulações são trabalhadas na sua totalidade com movimentos amplos em todos os sentidos que as articulações permitem.
Estes movimentos aumentam a flexibilidade.
Os ossos também são beneficiados pelos movimentos. Sabemos que para evitar a osteoporose o exercício é fundamental (juntamente com a alimentação rica em cálcio). A movimentação óssea também é importante para a circulação, porque é na medula óssea de alguns ossos que é produzido o sangue.


Efeito Circulatório
Músculos são massageados pela alternância de contração e alongamento citados anteriormente. Na contração o músculo se enche de sangue e no alongamento o músculo é esvaziado de sangue, esta alternância faz renovar completamente a circulação no músculo.
Nos orgãos as pressões e as descompressões estimulam a circulação e o funcionamento dos orgãos e glândulas.


Efeito Respiratório
Os asanas estimulam a respiração diferenciada. Alguns asanas favorecem a respiração abdominal, outros a respiração torácica e outros a clavicular, e ainda respiração em um ou outro pulmão nas diferentes fases respiratórias. Todas estas variações vão favorecer a respiração completa. As pessoas em geral respiram mal e usam somente 1/3 da capacidade pulmonar.


Efeito nos orgãos Digestivos, de Excreção, Reprodução e Glândulas.
Da mesma forma como nos músculos, com pressões e descompressões, a circulação é ativada regulando a função destes. A circulação nestes órgãos também é ativada pelo efeito da gravidade.


Efeito no Sistema Nervoso
Ocorre que quando o músculo relaxa o sistema nervoso também relaxa. A respiração e a circulação também tem um grande efeito no sistema Nervoso. Quando o sangue está alcalino (com mais oxigênio) o sistema nervoso parassimpático é ativado, relaxando. Quando o sangue está saturado com gás carbônico, e conseqüêntemente com produtos catabólicos retidos, o sistema nervoso simpático é ativado. Nossa geração estressada é Simpático tônica.


Pránáyáma
São os exercícios respiratórios. No inicio, eles vão reeducar os músculos envolvidos na respiração ampliando-a e melhorando a absorção do oxigênio. Depois, eles atuam em nossas emoções auxiliando-nos a lidar melhor com elas e produzindo um estado de equilíbrio interior. Os pránáyámas também agem diretamente sobre nossa energia, aumentando-a e melhorando sua distribuição pelo corpo.
 
Prana (energia vital ) e yama (actividade,domínio)
Crê-se que o domínio da respiração-atracção de prana pela via respiratória fôra criado pelos tântricos e difundido pelos yogues, mas já os Atlantes, Lemúres e Egípcios o praticavam...
Para os híndus a respiração é um fenómeno físico, psíquico e prânico (energético) através do qual nos alimentamos da energia cósmica : Ki.
As técnicas respiratórias restauram a saúde, melhoram a oxigenação do sangue e células ,reequílibram as emoções, aumentam a capacidade vital, reduzem distúrbios respiratórios, reduzem e tratam cardiopatias, reduzem insonias, aumentam a resistência e defesa orgânica, reduzem o cansaço mental , purificam o corpo, expandem a utilização dos alvéolos pulmonares, limpam as vias respiratórias, entre mais…

O chakra cardíaco está ligado ao elemento ar.
Durante o dia evite respirar pela boca, inspire, retenha e expire o ar (três tempos) conscientemente imaginando que inspira energia (o que de facto acontece).
Respirando pelo nariz é que filtramos, humedecemos ou aquecemos o ar.
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Podemos definir oito formas de pranayama :
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1- Igualar os tempos de inspiração e expiração.
2- Expansão lateral dos pulmões (respiração intercostal).
3- Expansão superior dos pulmões (respiração clavicular).
4- Expansão inferior dos pulmões ( respiração diafragmática).
5- Sunyaka : manter os pulmões vazios um certo tempo.
6- Puraka: inspiração prolongada.
7- Kumbhaka: manter os pulmões cheios de ar.
8- Rechaka : expiração prolongada.


Yoganidra
Aqui, aprendemos a descontrair conscientemente cada músculo e cada parte do nosso corpo.
Depois, nos imaginamos envolvidos por uma cor específica ou passeamos mentalmente por praias paradisíacas, belas montanhas, campos floridos, etc.
Tudo isso para que possamos sair da agitação do cotidiano e perceber outras formas de viver com mais tranqüilidade.
A serenidade advinda desses momentos é deliciosa e permanece por vários dias.
 
Em sânscrito Yoga é união e nidra, sono. Assim yoganidra é o "sono" do praticante de Yoga, um estado interior onde o corpo físico se encontra completamente descontraído, a mente se ocupa com imagens positivas e não nos envolvemos com emoções conturbadas. Apesar do nome se referir ao sono, a consciência está plenamente desperta.
No nível físico o relax produz a total descontração da musculatura. As emoções e preocupações cotidianas produzem contrações musculares que podem se tornar crônicas.
Através da localização da consciência e da mentalização você elimina a tensão excessiva de cada parte do corpo. Além disso, o relax após a prática de Yoga nos auxilia a assimilar a energia e os benefícios produzidos pelos outros exercícios. Isto acontece porque ao descontrair, permitimos uma melhor circulação da energia.
Esta técnica atua também no plano emocional. Ao entrarmos em relaxamento nos distanciamos de problemas e emoções desarmonizadas espairecendo a cabeça e conseguindo olhar os fatos de uma maneira mais objetiva. Relaxando, conferimos ordem aos pensamentos.
Na esfera mental o yoganidra ativa o cérebro dando maior rapidez e mais clareza ao raciocínio.
Os passeios que fazemos pelas paisagem da mente estimulam a criatividade e abrem caminho para explorarmos novas potencialidades.
Com os pensamentos tranqüilos, somos capazes de penetrar num profundo estado de paz interior.
Durante o relax é muito comum experimentarmos sensações incômodas. A
lgumas vezes parece que existe uma formiga andando sobre a pele, outras vezes sentimos uma irresistível coceira no nariz e algumas pessoas relatam que têm vontade de se levantar pois sentem muita ansiedade no relax. Tudo isso é natural pois não estamos habituados a ficar "parados" e essas sensações desaparecerão se você persistir na prática.
Nossa sociedade valoriza demais a atividade. O que conta é produzir, fazer e acontecer. Assim, nosso cérebro fica programado para a atividade e não nos permite nem um minuto de descanso.
Quando paramos para descontrair ele nos bombardeia com coceiras, imagens desconexas, inquietude, etc. Mas, aonde está escrito que não temos direito a relaxar?
Quem decidiu que a descontração é um pecado? Vamos começar a reconhecer o valor do relaxamento e da "passividade" pois é durante este estado de descontração que surgem as idéias mais brilhantes e as soluções mais criativas.
Se a atividade no mundo objetivo é importante teremos que reconhecer que ela é, na verdade, apenas o fruto da atividade interna que alcançamos quando relaxamos.
Outra dúvida freqüente é se podemos dormir no relaxamento.
Poder pode, mas não deve.
Não que haja algum inconveniente, mas se você adormecer ou deixar o pensamento disperso estará perdendo todas as mentalizações e reprogramações positivas que fazemos nesse exercício. Para permanecer acordado basta que você se concentre na voz do instrutor.
Participe ativamente do relax criando as imagens e experimentando as sensações que ele indicar.
Uma forma de fazer um relax rápido é:
Visualizar uma paisagem que você conheça ou não. Crie o máximo de detalhes possível e sinta-se nesse lugar.
Imaginar que você está em uma sala preenchida por luz azul. Você inspira essa luz, deixa que ela relaxe seu corpo e a devolve para o ambiente expirando.
Sentir-se flutuando no espaço tal qual uma ave.
Meditação: meditar é sentar-se quieto e observar a si mesmo. Estamos sempre preocupados em conhecer tudo aquilo que está ao nosso redor mas nos empenhamos muito pouco em descobrir o que acontece dentro de nós: como lidamos com os fatos da vida, como pensamos, como sentimos, quais nossas verdadeiras aspirações.
A meditação nos oferece a possibilidade de nos conhecermos mais profundamente.
A prática da meditação, embora simples, requer bastante disciplina e regularidade. Abaixo estão algumas dicas de como iniciar sua prática de meditação.
Escolha um lugar sereno onde você possa sentar-se de maneira confortável e com a coluna ereta.
Pode ser numa cadeira ou no chão com as pernas cruzadas. Sentar-se sobre uma pequena almofada ajuda a manter as costas eretas.
Use roupas que não apertem nem incomodem.
Acender um incenso ou colocar uma música bem suave pode ajudar a criar um clima de tranqüilidade no início.
Depois de algum tempo, pode ser que você prefira dispensá-los.
Evite meditar quando estiver com sono ou muito cansado. Você se sentirá frustrado por não conseguir se concentrar e desanimará de sua prática diária. Um bom horário para meditar é pela manhã, quando estamos mais tranqüilos e descansados. Porém, isso também é individualizável.
Se você sentir que consegue melhores resultados à noite, escolha esse horário.
Comece com dez minutos diários. Coloque um relógio para despertar após esse tempo, assim sua mente não poderá sabotá-lo fazendo-o acreditar que já se passaram muito mais que dez minutos.
Não se mova durante esse tempo. O corpo é como um pote e a mente é a água dentro dele. Mover o recipiente faz com que a água também se mova e, lembre-se, o que você quer é que sua mente permaneça quieta e imóvel.
A atenção deve estar voltada para o objeto da meditação (a respiração, um símbolo, etc.) sem que isso necessite de grandes esforços. Caso você disperse, reconduza sua atenção suavemente ao objeto escolhido.
Qualquer coisa que aconteça estará bem. Se houver um monte de pensamentos desfilando pela sua cabeça, se você tiver vontade de chorar ou de rir, se você achar que nunca vai conseguir se concentrar, tudo bem. Apenas continue sentado e, sempre que possível, volte a sua atenção para o objeto sobre o qual está meditando.

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